Leio TABACARIA e
Fernando Pessoa fala por mim o
que eu falaria
agora
a você
que me lê:
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
PESSOA, Fernando. Tabacaria. Rio de Janeiro: Ediouro, 1996, pp.22-23.
Fernando Pessoa (1888 - 1935) é considerado o maior poeta lírico da língua portuguesa.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Resposta de Vital Didonet a minha Carta a Papai Noel
Edmeia
tua mensagem ao papai noel é bem talhada no exterior das palavras
para revelar a verdade que o teu coração enxerga e persegue
gostei tanto que imaginei-a rodando na internet
- a dos escritores que alcançaram gloria roda como substituto e inspiração,
por que não a tua, que te daria fama e, depois, gloria? -
um jeito diferente de ver,
uma sensibilidade mais aguçada para perceber,
uma alma mais vasta para abarcar
e um sentimento de realidade para não virar anjo antes do gongo soar
assim fazes tua arte com palavras
e encontras, em nós, um sentimento irmão
para sairem ambos de mãos dadas
abraço do
Vital, que deseja que o mito do papai noel com quem conversas
tenha outro nome: a menina que sobrevive em ti.
sábado, 22 de dezembro de 2012
CARTA A PAPAI NOEL
Natal do MENINO JESUS, Terra, 2012.
Papai Noel,
Na minha infância, as crianças não escreviam a Você. Deixavam os sapatinhos atrás da porta. E, depois de beijar a fita do Menino Jesus,iam dormir, sonhando com o fantástico.Meio envergonhada, deixo aqui a minha lista de pedidos:· Dois ouvidos novos, para escutar melhor o sino do meu coração;· dois olhos bem grandes e espertos, pra não tomar coelho por lebre;· uma coluna dorsal ereta, com cada vértebra em seu lugar, pra por a vida nos eixos; manter a postura bípede, a flexibilidade, o passo ligeiro, o molejo e o jogo de cintura, indispensáveis para sobreviver neste “admirável mundo novo”;· um par de pernas boas, firmes e fortes, pra dar pernadas na vida; sustentar o peso das horas, correr atrás da sorte, driblar a morte; andar na contramão, caminhar contra o vento, remar contra a maré, nadar contra a corrente;· ah! mais uns gigas de memória no meu micro, para lembrar o passado, gravar o presente e arquivar para o futuro a fé, a esperança, o sonho; a caridade, o amor, o respeito e a ética, aprendidos em casa e na escola.Beijos da menina sobrevivente em mim,Edméia Faria
sábado, 1 de dezembro de 2012
LENDAS SOBRE A ÁRVORE DE NATAL
Breves Histórias Sobre a Árvore de
Natal
São muitas as versões que explicam a origem
da árvore de Natal e também são muitas as lendas que são contadas às crianças
nos dias próximos do Natal. Para entender melhor estas belas histórias é
preciso dar asas à imaginação e deixar a fantasia tomar conta de sua mente. São
histórias repletas de poesia e encantamento.
Um Espetáculo Indescritível
Uma das histórias mais divulgadas é a de que
o monge Martinho Lutero estava passeando numa floresta contemplando o céu cheio
de estrelas. À sua frente havia alguns pinheiros e ele notou que as
estrelas pareciam pender dos ramos das
árvores. Quando chegou em casa, tentou descrever o espetáculo, mas não
conseguiu fazê-lo com palavras. Então, cortou um pinheiro e enfeitou-o com velas, procurando reproduzir
a cena. A árvore passou a representar a paisagem da noite em que Jesus nasceu.
Enfeite de Estrelas
Uma das mais antigas lendas sobre a árvore de
Natal foi encontrada num manuscrito em um velho mosteiro da Sicília, na Itália:
na noite do nascimento de Jesus, todas as criaturas vivas foram a Belém
homenagear o novo rei e oferecer-lhe
presentes. Até as árvores levaram seus frutos, mas o pinheiro não tinha
presentes para levar. Vendo isto, um anjo ficou com pena e pediu ás estrelas
que descessem à terra e enfeitassem os galhos do pinheiro, que ficou todo
iluminado. Quando o Menino Jesus o viu, sorriu e lhe deu a bênção. Desde então,
os pinheiros são enfeitados e com
pequenas velas.
Presente Luminoso
Na França, conta-se que um homem muito pobre,
chamado Florentin, queria presentear as crianças no dia de Natal. Sem recursos,
usou a imaginação: foi à floresta, cortou um pinheiro, distribuiu nozes e maçãs
em seus galhos e iluminou-o com velinhas. As crianças, fascinadas pelas luzes e
pelo contraste de cores, vieram e dançaram em torno do pinheiro.
O Lenhador e o Menino Jesus
Conta uma lenda alemã que, na véspera do
Natal, uma criança tremendo de frio e de fome, bateu a porta de uma família
pobre. O dono da casa, um lenhador, depois de lhe dar comida, ofereceu-lhe uma
cama. No dia seguinte, quando a família acordou, viu uma luz brilhando
intensamente no quarto onde dormira o hóspede, que era o Menino Jesus. Como
gratidão pela bondade da família, Jesus cortou um galho de pinheiro, plantou-o
e disse que a árvore ficaria verde e daria frutos o ano inteiro. Assim, o
pinheiro foi eleito para representar o dia do nascimento do Menino Deus.
Pinheirinho Glorificado
Outra lenda alemã conta que, no último dia da
Criação, uma humilde árvore curvou-se aos pés de Deus, queixando-se por não ter
recebido, como todas as outras, folhas macias e flores bonitas. O Senhor ouviu,
teve compaixão e disse: Não chore
pinheirinho, pois teu futuro é belo. Serás escolhido entre todas as árvores e
hás de sobressair como nenhuma outra. Uma vez por ano, na época da paz e da
alegria, renascerá para a glória. Teus ramos florescerão em luzes. Jamais
haverá noite para ti, pois és o eleito para honrar meu filho Jesus Cristo.
As Teias Prateadas
A tradição de decorar as árvores com fitas
prateadas é explicada por uma outra lenda: uma mulher enfeitou seu pinheiro de
Natal com todo o cuidado, mas, durante a noite, as aranhas estragaram o
trabalho, espalhando teias entre os ramos. Jesus viu e, sentindo que a mulher
ficaria triste quando descobrisse o estrago, transformou todas as teias em
prata.
O Milagre da Imagem
Há muitos e muitos anos, num povoado dos
Alpes suíços, um lenhador andou
espalhando que ouvira um belo pinheiro cantar. Depois de muito discutir com as
autoridades, acabou tendo permissão para cortá-lo e nele esculpir uma estátua
da Virgem Maria. Depois de ter feito isso, chamou os aldeões para admirá-la e
então aconteceu o milagre: a imagem cantou, movendo os lábios. Foi a única vez que isto aconteceu, mas bastou para
que o pinheiro fosse transformado em árvore de Natal.
Gurilândia, sábado, 3 de dezembro de l994
Pompéu, l4 de março de l995.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Contos de Fadas uma Dádiva de Amor
Conto de fadas
Uma Dádiva de
Amor
Edméia Faria
Condenados e abolidos da vida da
criança por pais e educadores, durante muito tempo, sob a alegação de falsos e
selvagens, os contos de fadas são, segundo Bruno Betelhein, conceituado
psicanalista austríaco, uma dádiva de amor.
Enquanto divertem, ensina o
educador e terapeuta, essas histórias carregadas de símbolos esclarecem a
criança sobre si mesma e favorece o desenvolvimento da personalidade, uma vez
que lidam, de forma literária, com os problemas básicos da vida, especialmente
os inerentes à luta pela aquisição da maturidade.
A criança ainda não pensa
racionalmente. A sua realidade é a fantasia. Daí a necessidade de nutri-la,
para que não lhe falte a esperança, sem a qual não há forças para enfrentar as
adversidades da vida. Esta, na lição do grande mestre da psicanálise infantil,
a grande contribuição dos contos de fadas: oferecer o consolo e a esperança
para o futuro. Apesar do drama apresentado, apesar dos conflitos e de todas as
ansiedades vividas pela personagem, não há dúvida quanto ao final feliz. O
conto de fadas diz à criança que “embora
existam bruxas, nunca se esqueçam que também
existem boas fadas, muito mais poderosas.” Essa segurança imaginária
experimentada por tempo suficiente permite à criança desenvolver o sentimento
de confiança na vida. Sentimento este de que ela necessita para crer em si
mesma, para que aprenda resolver os problemas da vida através de suas próprias
e crescentes habilidades racionais.
Conferir novamente aos contos de
fadas folclóricos o papel central na vida da criança, que tiveram durante
séculos, é ajudá-la a encontrar significado na vida. É, portanto, uma dádiva de
amor.
Bibliografia
BETELHEIN, Bruno – A Psicanálise
dos Contos de Fadas – Ed. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1986.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Projeto Leitura na Calçada - 20 Anos de Caminhada
PROJETO LEITURA NA CALÇADA - 20 anos de Caminhada
1º lugar no concurso
“Os Melhores
Programas de Incentivo à Leitura Junto a Crianças e Jovens de Todo o Brasil”
– Biblioteca Nacional/FNLIJ – 1998.
Responsável
pela criação e execução: Edméia da
Conceição de Faria Oliveira – Professora, escritora, especialista em educação
infantil, membro efetivo da CMFL
I
- Introdução
Leitura na Calçada,
projeto de incentivo e democratização da leitura, criado e assumido pela
escritora e educadora Edmeia da Conceição de Faria Oliveira, nasceu em Pompéu, interior
de Minas Gerais, a 170 km de Belo Horizonte em 1992. O trabalho que começou
despretensiosamente com um pequeno grupo de crianças, no percurso das caminhadas da autora pelas
ruas da periferia da cidade, reúne mais de duzentas crianças por semana em
diversos pontos da cidade. Com o tempo, ultrapassou as fronteiras da cidade e
desperta a atenção de especialistas em congressos e seminários.
II - Objetivos
. Estimular
e democratizar a leitura;
. contribuir para o desenvolvimento da inteligência
emocional, construção e preservação da memória;
. contribuir para o sucesso escolar;
. resgatar costumes e
brincadeiras tradicionais.
III- Público alvo
Crianças e adolescentes,
prioritariamente, carentes de 0 a 14 anos e qualquer público interessado.
IV - Método
Tendo por princípio básico
a espontaneidade, o afeto os aspectos lúdicos e o diálogo, o livro na calçada é
um brinquedo mágico; e a leitura interativa, desenhos, recortes e pintura, uma
das brincadeiras preferidas, que se mistura com a bola, a boneca, o pneu e
bicho de estimação.
V - Resultados
A leitura na calçada
desperta nas crianças o gosto pela leitura, promove a amizade, o senso de
divisão, a escolha democrática, a
redução dos índices de evasão e repetência na escola, além de introduzir o
livro na família e em salas de aula, multiplicando o número de leitores.
VI
- Conclusão
Há possibilidades
alternativas, além do trabalho institucional da Escola e das Bibliotecas, mais eficientes talvez no resgate da educação infantil e formação de
leitores.
VII - Metas
·
Ampliação e
expansão do Programa no Município;
·
implantação do
programa em outros municípios e regiões;
·
formação de
mediadores da leitura;
·
divulgação
e expansão do Projeto para outros estados e países, preservando sempre o
caráter espontâneo, lúdico e afetivo do “Leitura na Calçada.”
VIII - Premiação
1998 – 1º lugar no Concurso “Os
Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de Todo o
Brasil”, promovido pela Biblioteca Nacional e
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ.
1999 – Semifinalista do Prêmio
Itaú-Unicef
2012 – Selecionado pela FUNARTE
para implementação das ações pelo Rotary Clube de Pompéu - Portaria Nº189, de 24 de julho de 2012,
publicado pela FUNARTE em 26/07/2012.
IX - Destaque
Apresentado
com sucesso em mais de 20 Congressos nacionais e internacionais, destacando-se
o II congresso de Educação Infantil do MERCOSUL /RS – 1997 e o Congresso
Mundial de Educação Infantil da OMEP em Santiago do Chile – 2001, como
experiência inovadora em Educação
Infantil na América Latina, o trabalho vem obtendo o reconhecimento nacional e
internacional. A iniciativa tem sido publicada, com destaque, em revistas especializadas
no Brasil e Exterior e é objeto de estudo no Curso
Internacional de Especialização em Expressão Ludocriativa, coordenado pelo
Professor Doutor Raimundo Dinello, respeitado pesquisador uruguaio.
X - Recomendações
·
Secretaria de
Estado da Cultura - Minas Gerais, Brasil
·
Organização
Mundial para a Educação Pré-Escolar – OMEP
·
Federação
Brasileira de Associações Bibliotecárias – FEBAB – São Paulo, SP
·
Federação
Latino-Americana de Ludotecas - FLALU – Uruguai
·
Superintendência
das Bibliotecas Públicas de Minas Gerais
XI -.
Divulgação
1. Televisão
1996 – Programa “Leila Entrevista” – TV Minas, Belo Horizonte, MG.
1997 - Programa “Falando de Educação”
– TVE, Mato Grosso do Sul, 22 de julho.
1998 – Jornal de Minas – TV Minas, Belo
Horizonte, MG no dia 14 de setembro.
1998 - “Leila Entrevista” – TV Minas,
Belo Horizonte, MG no dia 15 de outubro.
2002 – Programa “Folclore e
Educação”- TV Rio – Pirapora, MG
2.
Rádio
Entrevistas
para a Radio Exclusiva de Pompéu (várias)
Entrevista
para a Rádio Comunitária Terra em Pompéu
Entrevista
para a Rádio Comunitária em Martinho Campos
3. Jornal
·
O CALÇADÃO – junho
de 1995, PP. 10 e 11 Belo Horizonte, MG
·
DIÁRIO DO PARÁ –
Sexta-feira, 21 de julho de 1995 Belém do Pará
·
O LUTADOR – 26 de
novembro a 2 de dezembro de 1995, p. 7 -
Belo Horizonte/MG
·
FOLHA PROLER –
Rio de Janeiro – dezembro de 1998 ANO II, Nº 6
·
NOSSO JORNAL –
Folha Comunitária de Abaeté – Janeiro de 1999
·
JORNAL SER – 8
março de 1999 - Brasília DF
·
O TEMPO –
sexta-feira, 19 de março de 1999 p. 3 Belo Horizonte/MG
·
JORNAL DE LUZ –23
de abril de 1999 – Nº 515 Luz/MG: Brasil
·
O LUTADOR - 20 a 26 de junho de 1999, p. 6- Belo
Horizonte/MG
·
VOZ DA LIBERDADE
–Ano 1 – Nº 2 junho /1999, p. 1 Pompéu/MG
·
ESTADO DE MINAS –
p. 8, 20 de setembro de 1999, segunda-feira
·
ESTADO DE MINAS -
p. 4, 29 de outubro de 1999, sexta-feira
·
VOZ DA LIBERDADE
Ano III Nº 21 – Abril de 2002
·
NOSSO JORNAL - 30
de junho a 31 de julho de 2002, p. 8. Abaeté/MG/Brasil
·
O REGIONAL –
Agosto de 2003, p. 2 Pompéu/MG
·
O REGIONAL - Novembro
de 2003, p. 2 Pompéu/MG
·
NOSSO JORNAL - 1º
a 30 de junho de 2004, p. 8 – Abaeté/MG
5. Revista
·
AMAE - Ano
XXVI – Nº 237 – Agosto de 1993, p. 31 Belo Horizonte/MG/Brasil
·
Setembro de 1995 – Nº 254, p. 39
·
Abril de 1999 – Nº 282 -19-
·
Abril de 2004 Nº 322 , p. 33
·
NOVEDADES EDUCATIVAS
- Año 14 – Nº 134. Febrero 2002
- Argentina
·
CIDADES - Pompéu, MG
·
PÁTIO revista pedagógica - Ano VIII Nº 29 FEVEREIRO/ABRIL 2004– Porto
Alegre/ RS/ Brasil
·
REVISTA INTERNACIONAL MAGISTERIO –19 - Febrero - Marzo 2006
·
MI BIBLIOTECA – Año
IV. Nº 14 Verano 2008 Espanha
6. Livro
CONCURSOS FNLIJ/PROLER : Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura Junto a
Crianças e Jovens de Todo o Brasil 3º Concurso – 1998 e 4º Concurso – 1999.
Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ
Ministério
da Cultura/Fundação Biblioteca Nacional/Programa Nacional de Incentivo à
Leitura – PROLER, Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2002, p. 11.
6. Cartazes
e folder
7. Palestras
em escolas, empresas e clubes de
serviço.
8. Intercâmbio
com outras entidades afins no Brasil
e Exterior.
9. Anais de Seminários e Congressos
10. Seminários e Congressos
1993 – II Congresso Internacional de
Biblioteconomia e Documentação, em
Belo Horizonte, MG no período de 11 a 15 de abril.
1995 –XI Congresso Brasileiro de
Educação Infantil, promovido pela Organização Mundial para a Educação Pré-Escolar
– OMEP em Belém do Pará no período de 17
a 21 de julho.
1996 – Encontro “Educadores das
Gerais Falam de Amor na Educação” promovido pelo NAPP – Núcleo de
Aperfeiçoamento Pessoal e Pedagógico,
em Belo Horizonte, MG dia 25 de outubro.
1997 –XII Congresso
Brasileiro de Educação Infantil, promovido pela Organização Mundial para a
Educação Pré-Escolar - OMEP em Campo Grande,
Mato Grosso do Sul no período de 20 a 24 de julho.
1998 –II Congresso Internacional de
Educação Infantil do MERCOSUL, promovido pela OMEP, em Santa Maria, Rio Grande do Sul no período de
05 a 08 de junho.
1998 - Seminário “Parâmetros para a
Educação Infantil no Início do Século”,
promovido pela OMEP e Associação Amigos do Livro e da Criança, no período de 3
a 5 de setembro em Pompéu, Minas Gerais.
1998 -
Seminário Internacional “Novas Metodologias na Integração Sócio-Cultural
Educativa” promovido pela FLALU –
Federação Latino-Americana de Ludotecas em Uberaba, Minas Gerais no período de
03 a 05 de julho.
1998 -
Encontro Estadual do PROLER “Leitura, Escrita, Desenvolvimento e Cidadania” promovido pela OMEP/MINAS em Belo Horizonte, Minas
Gerais no período de 28 e 29 de outubro e 04 novembro.
1998 - Encontro Nacional do PROLER e
I Jornada Latino-Americana em Prol da Leitura, promovido pelo Proler/Biblioteca
Nacional/FNLIJ no Rio de Janeiro, RJ no período de 07 a 12 de dezembro.
1999 – XII
Congresso Brasileiro de Educação, promovido pela OMEP em João Pessoa,
Paraíba. no período de 26 a 30 de julho.
1999 - 31º Encontro Nacional da AMAE, promovido pela Fundação AMAE para a Educação e
Cultura em Nova Lima, MG no período de 02 a 05 de junho.
1999 - Seminário de Educação “O Direito
de Ler e de Brincar”, promovido pela
Associação Amigos do Livro e da Criança – AALC e OMEP em Pompéu, MG no período de 23 a 25 de setembro.
2000 – 11º
Simpósio “Biblioteca e Desenvolvimento Cultural”, promovido pela FEBAB – Federação Brasileira de
Associações Bibliotecárias, em São Paulo, SP no dia 16 de junho.
2000 -
Seminário Internacional “Infância e
Educação Infantil, reflexões para o início do século,
promovido pela OMEP no Rio de Janeiro, RJ no período de24 a 26 de julho.
2000 – Personagem do Vídeo Brasil 500 “Curso
de Capacitação para Dinamização e Uso da Biblioteca Pública”.
2000 – 1º Salão do Livro de Minas Gerais
e I Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura de Belo
Horizonte, em Belo Horizonte/MG no período de 12 a 20 de agosto.
2001 – Seminário de Secretários Municipais
de Educação, promovido pela UNDIME em Martinho Campos/MG no dia 19 de
julho.
2001 – XXIII
Congresso Mundial de Educação Infantil “Derecho del niño a vivir, desarollrse y
aprender em entornos de alta calidad”, promovido pela OMEP, em Santiago do Chile no
período de 30 de julho a 4 de agosto.
2001 - 2º Salão do Livro de Minas
Gerais e I Encontro Internacional de Literatura Latino-Americana, promovido
pela Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, no período de 10 a 19 de agosto.
2001 – Seminário “Importância da Leitura e dos Jogos na
Formação da Criança e Construção da Cidadania”, promovido pela Associação
Amigos do Livro e da Criança, em
Pompéu/MG nos dias 5 e 6 de maio.
2003 –
Seminário Regional “Sexualidade,
Afetividade e Ética na Educação” promovido pela AALC e OMEP em /MG no
período de 31 de outubro e 1º de novembro.
2006 –
Seminário Nacional Currículo em Debate, realizado
em Brasília, Distrito Federal, pelo Ministério da Educação (MEC) no período de
22 a 24 de novembro de 2006.
2007 - Seminário de Educação “O Direito de
Ler e de Brincar”, promovido pela Associação Amigos do Livro e da Criança –
AALC em Martinho Campos/ MG no período de
2007 – II
Seminário – Minas: Integração Interétnica – promovido pela Comissão Mineira de Folclore – CMFL, em Belo
Horizonte/MG nos dias 21 e 22 de agosto de 2007.
2008 – 9°
Encontro das Literaturas, promovido
pela Secretaria Municipal de Cultura de
Belo Horizonte/MG no período de 10 a 16 de novembro.
2009 – 1º
Forum Iberamericano de Literacias, em
Braga, Portugal, no período de 19 a
22 de julho.
2011 – IX
Jogo do Livro e III Fórum Ibero-Americano de Letramentos e Aprendizagens, promovido pela Faculdade de Educação da UFMG/Brasil,
juntamente com a Associação Portuguesa para a Literacia (Littera)/ Portugal e a
Associación Española de Lectura y Escritura (Aele)/Espanha, realizado no
período de 26 a 28 de outubro de 2011, em Belo Horizonte, MG, Brasil.
Outras
apresentações
Biblioteca
Estadual Luís de Bessa/ MG, 29 de outubro de 1999.
Biblioteca
Pública Infantil e Juvenil da Prefeitura de Belo Horizonte (IJPBH) 1993
etc.
Belo Horizonte, 22 de agosto de 2012.
Edméia da Conceição de Faria Oliveira
Responsável pela criação e execução do Projeto Leitura
na Calçada
Referências curriculares da autora
Edméia
da Conceição de Faria Oliveira é mineira de Pompéu. Graduada em Letras pela
PUC/MINAS e pós-graduada em Educação Infantil pelas Faculdades Integradas de
Jacarepaguá - RJ. Dedicou-se de corpo e alma à Educação. Exerceu o magistério
no Ensino Fundamental (5ª a 8ª Séries) e Ensino Médio. Aposentada, voltou à
Faculdade para lecionar Literatura Infantil e Juvenil, Português e Metodologia.
Com 11 títulos publicados, Edméia tem
livros selecionados para os diversos programas nacionais de leitura e para o
Catálogo Internacional da Biblioteca Nacional.Vencedora do 1º Concurso Nacional
de Redação para Educadores, instituído pela Revista AMAE, Edméia traz em seu
currículo prêmios nacionais também como escritora e promotora de leitura.
Atualmente é professora convidada no Curso Internacional de Pós-Graduação em
Ludocriatividade e em cursos de capacitação de professores e formação de mediadores
da leitura. Criou recentemente o Curso
Prático de Português, para atender empresas preocupadas em reciclar seus funcionários.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Um poema para o seu cantar
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(MEIRELES, Cecília. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 3 ed. p.15)
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
(MEIRELES, Cecília. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. 3 ed. p.15)
terça-feira, 17 de julho de 2012
FLORES E AMORES
Olá, minha gente;
Compartilho com vocês esta quadrinha do meu livro Flores e Amores, para tornar sua semana mais florida e amorada.
Compartilho com vocês esta quadrinha do meu livro Flores e Amores, para tornar sua semana mais florida e amorada.
Eu andava no jardim
Pensando no meu amor;
Deu um vento na roseira,
Me cobriu toda de flor.
(FARIA, Edméia. Flores
e Amores. Belo Horizonte: Miguilim, 1997)
Uma das formas mais comuns e antigas de nossa poesia folclórica;
a mais espontânea, mais amada e mais cultivada pelo povo é a quadra: composição
curta de quatro versos, setissilábicos, rimando o segundo com o quarto (ABCB).
Também chamada quadrinha, trova ou verso de quatro pés.
Chegou ao Brasil por lusos ventos e aqui floriu lindamente.
Notável por sua singeleza, a quadrinha se presta à
comunicação de qualquer mensagem.
Fernando Pessoa assim a define:
“Quadra é o vaso de flores que o povo põe à janela de sua
alma.”
SOBRE O ATO DE ESCREVER
Escrever é um exercício de liberdade, de coragem, de amor, de solidão. (Ronald Claver)
quinta-feira, 12 de julho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Leitura na Calçada
“Era uma vez... começo,
desenvolvimento e permanência do Projeto Leitura na Calçada. Em Pompéu, Minas
Gerais, a Professora Edméia Faria e crianças descobrem a vida pelo sonho,
ouvindo histórias, lendo histórias, desde pequenininhas, mesmo que nem saibam
ainda falar... A difícil linguagem adulta.”(Pascoal MOTTA, 2000)
Isso
teve início em 1992. Edméia descia a rua numa de suas caminhadas diárias. A
professora caminhava isenta da pressa do mundo, que atropela os sentimentos, os
sonhos, a imaginação; a razão, o homem, a vida. “Vou devagar e só, porque tenho um encontro marcado comigo mesma. Não
posso me perder.” conta. Nesse jogo, “brincando
de esconde-esconde com o sol se pondo e de ser múltipla com as nuvens que se
transformam”, aconteceu o primeiro
encontro com as crianças, que a observam e, agora, se aproximam da caminhante, pedindo
dinheiro, bala, brinquedo. São crianças pequenas e pobres, entre 2 e 6 anos,
que ficam brincando ou perambulando pelas ruas. “Dinheiro não tenho,” responde a
professora,” mas tenho outra coisa
que vocês vão gostar: sei contar
histórias. Querem ouvir?” A professora conta uma história. E segue. No dia
seguinte, voltam as crianças. Não mais pedem dinheiro. Pedem história. E a
professora interrompe sua caminhada para sentar embaixo de uma árvore, com 5 ou
6 crianças, para contar outra história. E escutar seus companheirinhos que
também contam suas histórias. De vida.
Toda
tarde, as crianças vêm trazendo outras crianças. Mães vêm com bebês no colo,
vêm meninas de dez anos com irmãozinho nos braços e todos vão rodeando a
professora que as vai encantando com fábulas, contos, histórias. Aos poucos,
entram as canções, as brincadeiras de roda, a vontade de desenhar, a leitura. E
assim surge “Leitura na Calçada”, projeto construído, dia a dia, coletivamente,
com as crianças.
Essa
atividade espontânea, aos poucos, foi-se ampliando sem perder suas características lúdicas e afetivas; privilegiando o espaço rua e a criança pequena,
de baixa renda.
Depois
da sessão de história, as crianças levam livros para casa e pedem a suas mães
que leiam para elas. Os pais, os irmãos mais velhos, os vizinhos, até o “rapaz do bar” entram nesta ciranda. E
vão construindo com o livro ponte de afeto entre o adulto, a criança e seus
pares; aprendendo a convivência, o respeito, a solidariedade; construindo o
sonho da criança cidadã, escrevendo uma história de amor com final feliz, além
de alimentar a fantasia, despertar a criatividade e o gosto pela leitura e
escrita.
Hoje,
o projeto é acontecimento do cotidiano da cidade. E a leitura, mais que um
hábito, é um prazer para essa crianças pobres do interior de Minas, uma
oportunidade de desenvolver a auto-estima, de lidar com os conflitos e,
sobretudo, de acreditar na solidariedade humana.
Edméia,
com “Leitura na Calçada,” reinventa a esperança.
Sua
experiência comprova que, para ajudar, basta ter vontade. Há possibilidades
alternativas, além do trabalho institucional da Escola, mais eficientes,
talvez, no resgate da educação infantil.
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